Otilia vai apontar que o período posterior ao edifício foi marcado por um investimento político menos generoso, os “Grandes Projetos” realizados na geração Mitt acabou sofrendo interferências da crise causada pela “abertura para o mundo”. Isso significa que a estratégia da política cultural imposta pelo governo socialista esta foi afetada. Foi preciso uma nova racionalização ou mesmo um recuo estratégico e com isso a arquitetura francesa começa a se mostrar não mais como a partir da criação, a palavra de ordem torna-se reciclagem.
A imagem da arquitetura High Tech
Junto com essa política de reciclagem veio a falsa imagem do high-tech, como a autora cita nesse trecho: “Como gerir esta contradição? Mitterrand e os socialistas vão se fixar mais uma vez na modalidades ideológico-administrativas da “ação cultural”, mas agora nos termos da animação cultural – algo que o Beaubourg e satélites colocaram em cena em escala industrial. Organizar visitas, programar debates, edições, atividades lúdico-pedagogicas, triar correspondência, atender os sócios dos vários departamentos etc. Tornaram-se uma habilidade profissional, sancionada por certificados e diplomas. Coube a grande política cultural dos anos Mitterrand operar a fusão entre publicidade e “animação”- este ramo mais soft da indústria cultural – ampliando o arquipélago Beauboug e planejando a cultura como uma entreprise, como se viu no inicio deste estudo.”
Nesse momento a autora define Paris sendo uma grande loja de departamentos do patrimônio cultural. Ela fala também de um suposto encerramento do ciclo Beaubourg na arquitetura internacional e um novo ciclo que ele ajudou a fundar para uma arquitetura do entreterimento.
Na minha visão, o Beaubourg foi uma arquitetura inserida no coração de Paris histórica que não gerou uma identidade com o local propriamente dito mas ele conseguiu materializar muito bem esse anseio de “viver o novo” que a sociedade buscava e que até hoje é assim. Dessa forma eu creio que a arquitetura francesa teve dois lados mas o Beaubourg não teve dois ciclos. A concepção dele nunca se alterou, creio que esses ciclos foram momentos de inconstância política que por carregar completamente em sua forma o estilo high-tech o Beaubourg foi rotulado, o que nos levou a pensar que ele teria dois ciclos. Mas o fato é que sua criação não alteraria em nada os rumos da arquitetura francesa.
A princípio o Estado estimulava os Grandes projetos e estampava alta tecnologia neles. Num segundo momento, com a redução dos gastos essas obras passaram a ser mais generosas como “reformas” mas aproveitando o entretenimento da tecnologia na arquitetura. O Estado tem o “high- tech” como uma ótima propaganda a seu favor.
A imagem da arquitetura High Tech
Junto com essa política de reciclagem veio a falsa imagem do high-tech, como a autora cita nesse trecho: “Como gerir esta contradição? Mitterrand e os socialistas vão se fixar mais uma vez na modalidades ideológico-administrativas da “ação cultural”, mas agora nos termos da animação cultural – algo que o Beaubourg e satélites colocaram em cena em escala industrial. Organizar visitas, programar debates, edições, atividades lúdico-pedagogicas, triar correspondência, atender os sócios dos vários departamentos etc. Tornaram-se uma habilidade profissional, sancionada por certificados e diplomas. Coube a grande política cultural dos anos Mitterrand operar a fusão entre publicidade e “animação”- este ramo mais soft da indústria cultural – ampliando o arquipélago Beauboug e planejando a cultura como uma entreprise, como se viu no inicio deste estudo.”
Nesse momento a autora define Paris sendo uma grande loja de departamentos do patrimônio cultural. Ela fala também de um suposto encerramento do ciclo Beaubourg na arquitetura internacional e um novo ciclo que ele ajudou a fundar para uma arquitetura do entreterimento.
Na minha visão, o Beaubourg foi uma arquitetura inserida no coração de Paris histórica que não gerou uma identidade com o local propriamente dito mas ele conseguiu materializar muito bem esse anseio de “viver o novo” que a sociedade buscava e que até hoje é assim. Dessa forma eu creio que a arquitetura francesa teve dois lados mas o Beaubourg não teve dois ciclos. A concepção dele nunca se alterou, creio que esses ciclos foram momentos de inconstância política que por carregar completamente em sua forma o estilo high-tech o Beaubourg foi rotulado, o que nos levou a pensar que ele teria dois ciclos. Mas o fato é que sua criação não alteraria em nada os rumos da arquitetura francesa.
A princípio o Estado estimulava os Grandes projetos e estampava alta tecnologia neles. Num segundo momento, com a redução dos gastos essas obras passaram a ser mais generosas como “reformas” mas aproveitando o entretenimento da tecnologia na arquitetura. O Estado tem o “high- tech” como uma ótima propaganda a seu favor.
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